A
PSICOLOGIA DO DINHEIRO, PROSPERIDADE E ABUNDÂNCIA
Kris
Hallbom e Armand D'Alo
O
que impede as pessoas de obterem sucesso financeiro e
ter abundância nas suas vidas? A resposta é
geralmente focada em torno da crença de que o sucesso
financeiro não é uma possibilidade. Muitas
pessoas criam várias barreiras que as impede de
conseguir a abundância.
Se
você tem crenças limitantes sobre dinheiro
a nível inconsciente, será difícil
alterar as limitações financeiras porque
a sua mente inconsciente irá obstruir seus esforços
para ter sucesso. Esse é o motivo pelo qual algumas
pessoas acabam vivendo de contracheque a contracheque
toda a vida – em algum nível elas não
acreditam que são capazes de fazer melhor.
A
principal diferença psicológica entre
aqueles que se saem bem financeiramente e aqueles
que não conseguem, gira em torno das crenças
sobre possibilidades.
Ainda
que exista uma intenção positiva por detrás
das suas barreiras financeiras, muitas pessoas não
identificam quais são estas intenções.
Também existem aqueles que sabem qual é
a intenção positiva em algum nível,
mas mesmo assim ainda não sabem como ultrapassar
esses obstáculos.
Muitas
pessoas a nível consciente pensam que estão
fazendo todo o possível para atingir seus objetivos.
Entretanto, ainda existem algumas partes do inconsciente
que não acreditam que elas possam obter sucesso.
Quanto mais a pessoa evita esta parte inconsciente, mais
obstáculos continuarão a aparecer no seu
dia a dia. Esta é o modo da mente trabalhar.
Por
exemplo, pense numa pessoa que você conhece e que
lê todos os livros sobre ‘pense e fique rico’,
comparece a seminários financeiros, faz afirmações
diariamente e ainda tem problemas de dinheiro. Todas essas
coisas que ele está fazendo são válidas,
mas, muitas vezes, não chegam até o "âmago"
do seu problema que normalmente envolve algum tipo de
crença limitante.
As
pessoas têm crenças muito diferentes sobre
dinheiro. Algumas das mais comuns são:
Você
precisa de dinheiro para ganhar dinheiro.
Eu
não tenho suficiente dinheiro para fazer planos.
Estou
muito velho, não sei o que fazer.
Se
eu invisto, com certeza o mercado vai cair.
Finanças
são muito complicadas.
Todas
essas são crenças de causa–efeito,
as quais realmente têm pouco a fazer para alcançar
a abundância. Esse tipo de crença limita
a pessoa porque ela está procurando por respostas
fora dela, quando na realidade a chave para a prosperidade
existe dentro dela mesmo.
Abundância
não é o que a pessoa tem. É um estado
da mente. Muitas pessoas que têm sucesso na vida
no aspecto financeiro, freqüentemente têm crenças
positivas sobre prosperidade e abundância. Quando
a pessoa entende e se desloca do campo da causa e efeito
para o da idéia do "O que é possível?"
no seu mundo, ela se desloca para um nível totalmente
diferente, que afinal das contas é mais gratificante
porque ela está expandindo seus contextos mentais
sobre o dinheiro.
Muitas
pessoas, ao invés de se concentrarem no que é
possível, perdem muito tempo pensando sobre o que
elas não têm. Um padrão interessante
se desenvolve no qual elas se tornam furiosas e ressentidas
sobre a sua situação, o que cria mais limitações
e barreiras nas suas vidas. É muito mais fácil
prosperar na vida quando você vem de um estado sereno
da mente versus um contexto furioso e ressentido. O primeiro
passo para ajudar uma pessoa é explorar a natureza
do seu problema.
Por
exemplo, a pessoa pode ter tido pais que viveram na pobreza
e por isso formaram uma mentalidade da "era da Depressão."
Por essa razão, ela desenvolve uma crença
inconsciente que sempre terá problemas financeiros
porque foi isso que seus pais tiveram. Ou ela pode ter
tido um pai que lhe disse repetidas vezes que eles nunca
mais terão esse problema e, eventualmente, ela
começa a acreditar.
É
muito comum a criança formar inconscientemente
crenças limitantes sobre o dinheiro desde a infância.
Esses tipos de crença limitantes são apresentados
como "imprints" na PNL. Um imprint é
basicamente uma memória que é formada numa
idade inicial, e pode servir como origem tanto para a
crença limitante como para a crença fortalecedora
que nós formamos quando crianças.
Algumas
das crenças que nós podemos desenvolver
na infância não são sempre saudáveis,
e são criadas como um resultado de uma experiência
traumática ou confusa que nós esquecemos.
A maneira como nós, consciente ou inconscientemente,
vemos o mundo em termos de dinheiro é geralmente
baseada em tais crenças.
Identificar
as nossas crenças limitantes é o primeiro
passo. Uma vez tenhamos identificado o que algumas destas
crenças/imprints encobrem, você pode usar
diferentes técnicas da PNL para mudar completamente
estes obstáculos, permitindo assim que você
veja e experimente todas as oportunidades financeiras
que, normalmente, estão a sua disposição.
Crenças
sobre as possibilidades
A
principal diferença psicológica entre aqueles
que se saem bem financeiramente e aqueles que não
conseguem, gira em torno das crenças sobre possibilidades.
Por exemplo, muitas pessoas nem enxergam o sucesso financeiro
como uma opção. Elas não têm
a capacidade de explorar todas as possibilidades que estão
a sua disposição para alcançar a
abundância.
Muitas
vezes elas ficam presas na rotina do dia a dia e não
têm vontade para assumir riscos ou tentar algo diferente
porque têm medo de acabar pior do que está.
O que essas pessoas não se dão conta é
que é comum ter que dar um passo para trás
para poder avançar.
Muitos
milionários que quebraram em algum momento das
suas vidas, conseguem depois, num curto período,
virar completamente para melhor a sua situação
financeira. Além disso, eles fazem isso acreditando
que o seu novo negócio vai crescer de tal forma
que logo estarão ganhando um belo salário
além de um considerável lucro.
Nem
todo mundo precisa assumir riscos ou dar um passo para
trás para conseguir avançar, porém
é importante você conscientemente explorar
a idéia do que é possível para você.
Para adotar essa idéia, primeiro você deve
ter a habilidade para mudar a sua rotina diária
fazendo alguma coisa diferente. Isso inclui aprender a
enxergar o mundo através dos olhos da prosperidade
e da abundância, ao invés da carência
e da pobreza.
Tente
isso por um momento:
Pense
sobre alguma coisa que você quer e sobre todas as
possibilidades que você tem para alcançá-la.
Pergunte a você "Isso é possível?"
Agora
tente algo diferente.
Pense
sobre alguma coisa que você não tem, mas
que gostaria de ter. Pense sobre por que você não
a tem e como você tem vontade de ter isso.
Observe
qual delas o faz sentir melhor.
Espero
que a primeira afirmação feita tenha feito
você se sentir melhor porque ela foi planejada para
expandir os contextos inconscientes e conscientes em torno
da prosperidade e da abundância. É surpreendente
o que pode acontecer a uma pessoa uma vez que tenha mudado
a sua atitude e crenças sobre as possibilidades.
A pessoa começa a ver resultados quase instantaneamente.
As mudanças a princípio podem ser pequenas,
mas enquanto ela continuar a adotar a sua nova maneira
de pensar, um mundo mágico se torna acessível
para ela.
Por
exemplo, muitos anos atrás um número de
vietnamitas "que moravam em barcos" imigrou
para os Estados Unidos. Muitos americanos ficaram preocupados
sobre o impacto que isso poderia criar no serviço
de saúde e nos outros serviços do governo
como resultado da entrada dessas pessoas no país.
Foi muito interessante pois muitos dos vietnamitas que
iniciaram seus próprios negócios, se deram
extremamente bem. Por que isto ocorreu?
Uma
resposta óbvia pode ser porque os vietnamitas vieram
de um país onde se você diz a coisa errada,
você pode ser morto. Então eles vieram para
os Estados Unidos onde a pior coisa que poderia acontecer
era alguém telefonar e reclamar de uma conta que
não tinha sido paga.
Se
você vem de um mundo onde a morte é uma realidade
de instante a instante para um lugar onde as opções
são intermináveis, então não
há razão para não tentar tudo. Ao
invés de ficarem tristes por terem de abandonar
seu país, eles estavam agradecidos por estarem
vivos. Ao invés de ficarem de mau humor e com pena
deles mesmos, muitos adotaram uma atitude criativa que
girava em torno da pergunta "O que é possível?"
Quando
eles chegaram aqui, moravam duas ou três famílias
vietnamitas num lugar exíguo. Eles saíam
e conseguiam trabalho ganhando salário mínimo
e reuniam todo o dinheiro que ganhavam. Quando conseguiam
juntar dinheiro suficiente, compravam um negócio
e toda a família trabalhava junto. Quando o negócio
começava a ter sucesso, eles compravam um imóvel.
Depois compravam outro, e assim iam.
Para
esses vietnamitas, sucesso foi uma afirmação
do que é possível, porque tudo era possível
para eles. Eles estavam dispostos a sofrer por um tempo
para atingir o objetivo de longo prazo de abundância
e prosperidade. Era simplesmente uma questão do
nível de prioridade e de como eles categorizavam
as diferentes possibilidades. As pessoas podem fazer qualquer
coisa que elas querem. A pergunta é: o que elas
estão dispostas a fazer para conseguir realizar
o seu objetivo?
Paciência
é uma virtude
É
muito comum para a maioria das pessoas na Alemanha poupar
dinheiro para pagar a vista uma compra que querem fazer.
Na Alemanha, a única dívida que muitos têm
é a hipoteca de suas casas e o que devem da compra
do carro. Em outros países é comum a pessoa
abusar dos cartões de crédito e ficar com
grandes dívidas além do tradicional casa
e carro.
Muitos
alemães ficam felizes ao pouparem para algo especial,
porque aguardam com interesse a recompensa que terão
ao obterem o que querem. E tão logo a obtenham,
começam imediatamente a poupar para o seu próximo
item ou para uma viagem de férias.
É
interessante como os alemães têm essa habilidade
de postergar a gratificação instantânea
que um débito no cartão pode trazer. É
com expectativa e excitamento que aguardam o dia em que
terão o que querem. Eles não se lamentam
nem por um minuto de que são obrigados a deixar
de lado o dinheiro para alcançar a sua próxima
meta. Ao contrário, eles se concentram em como
são agradecidos pelo que têm, e aguardam
com paciência para conseguir o que querem.
A
capacidade para postergar a gratificação
é uma habilidade de mestre, um triunfo do cérebro
racional sobre o impulsivo, de acordo com Daniel Goleman,
Ph.D., que escreveu o livro Inteligência Emocional.
O autor conclui que as pessoas, que são capazes
de exercitar a paciência ao postergar a gratificação,
estão mais propensas a ter sucesso na vida.
Goleman
documenta um estudo que foi realizado nos anos 60 no qual
um pesquisador convida crianças para uma sala comum,
uma a uma, e dá a cada uma um marshmallow. "Você
pode ter esse marshmallow agora," diz ele, "mas
se você esperar um pouco enquanto eu saio por um
momento, quando eu voltar eu trago outro marshmallow."
E depois disso ele sai.
Aparentemente,
algumas crianças pegam imediatamente o marshmallow
e outras esperam alguns minutos antes de caírem
em tentação. Mas outras estão determinadas
a esperar. Elas fecham os olhos, cantam, abaixam a cabeça,
jogam algum jogo ou mesmo adormecem. Fazem qualquer coisa
para resistir. Quando o pesquisador retorna, ele dá
o segundo marshmallow que elas ganharam.
Uma
pesquisa com os pais das crianças e com os professores
descobriu que aquelas que, com quatro anos de idade, tiveram
a capacidade de resistir esperando pelo segundo marshmallow,
geralmente crescem sendo mais ajustadas, mais populares,
intrépidas, confiantes e adolescentes mais seguros.
De
acordo com Goleman, é conclusiva a evidência
de que a paciência parece desempenhar o papel principal
no sucesso de muita gente. A capacidade de resistir ao
impulso pode ser desenvolvida através da prática.
Quando
você se deparar com uma tentação imediata,
como gastar dinheiro com algo que você realmente
não precisa, lembre-se das suas metas financeiras
de longo prazo. Ressignifique a sua atual situação
financeira ao perceber que você está poupando
realmente para um futuro abundante.
Quando
você se deparar com uma tentação
imediata, como gastar dinheiro com algo que você
realmente não precisa, lembre-se das suas
metas financeiras de longo prazo. Ressignifique
a sua atual situação financeira ao
perceber que você está poupando realmente
para um futuro abundante.
Se
as pessoas estiveram dispostas a sofrer um pouco por gastar
menos porque poderão investir essas economias mais
tarde, então elas estão no caminho certo
para atingir a prosperidade.
Abundância
é um estado da mente
Muitas
vezes as pessoas confundem quem são com quanto
dinheiro ganham. Quer alguém ganhe um milhão
de dólares por ano ou apenas quinze mil, cada um
ainda tem capacidade de atingir um certo grau de abundância
na sua vida.
Por
exemplo, quando os nazistas ocuparam a Alemanha, existiam
pessoas muito ricas na sociedade que tiveram suas vidas
dilaceradas e que terminaram nos campos de concentração.
Viktor E. Frankle e Anne Frank estavam numa situação
de extrema pobreza, mas ainda assim tiveram uma vida abundante.
Viktor
E. Frankle, no livro "Man’s in Search for Meaning",
diz que uma coisa que a pessoa tem e que nunca pode lhe
ser roubada é a sua atitude.
"Nós
que vivemos nos campos de concentração podemos
nos lembrar dos homens que caminhavam pelos barracões
confortando os outros, dando-lhes o seu último
pedaço de pão. Eles podiam ser poucos em
quantidade, mas ofereciam prova suficiente de que tudo
pode ser retirado de um homem, menos uma coisa: a sua
última liberdade. Escolher a sua própria
atitude em qualquer situação, é escolher
o seu próprio caminho."
Frankle,
que era psicólogo, adotou uma atitude criativa
que o ajudou a sobreviver ao pesadelo de um campo de concentração.
Ele foi capaz de manifestar abundância interna exercendo
seu direito de assim o fazer. Quando saiu, essa mesma
atitude o conduziu para um caminho onde alcançou
e viveu uma vida próspera.
Prosperidade,
abundância e autovalor
Quando
se pensa sobre prosperidade, é útil entender
que é um recurso que flui através de nós.
Nós somos um canal para a abundância. Logo
que entendermos isso, começamos a identificar o
fato de que somos nós mesmos que escolhemos como
canalizar esse recurso. Viktor Frankle fez essa distinção
no campo de concentração. Ele foi despojado
de cada uma das suas possessões materiais, inclusive
os sapatos. A única coisa que lhe restou, foi sua
habilidade em acreditar em si mesmo e a abraçar
a idéia que ele ainda era uma pessoa de bem, apesar
do fato de terem lhe tirado tudo.
Isso
é uma distinção importante a fazer,
porque então ter dinheiro não é mais
uma questão de autovalor. Dinheiro não determina
quem você é; simplesmente é um recurso.
Ter um forte juízo interno de si mesmo é
que é verdadeiramente importante. Dinheiro é
meramente um elemento externo. Assim que as pessoas param
de comparar o seu autovalor com o dinheiro, as portas
das possibilidades se abrem porque elas estão propensas
a tentar outras coisas. Ao se sentirem bem com elas mesmas,
elas ficam menos medrosas e estão abertas para
tentar algo completamente diferente.
É
só uma questão de dizer para si mesmo, "Aqui
está o resultado que eu quero e existem diversas
maneiras de alcançá-lo. Várias possibilidades.
Se alguma não funcionar, então eu vou tentar
uma outra."
E
se a próxima não funcionar, é simplesmente
um feedback que você precisa para tentar alguma
outra coisa. Isso não significa que você
é um fracassado ou uma pessoa desagradável.
Simplesmente significa que existe algo lá fora
que eventualmente funcionará e que este algo está
fora de você. Você internamente ainda é
a mesma pessoa.
Medir
o autovalor de alguém somente pela quantidade de
dinheiro que essa pessoa tem pode ser devastador. Por
exemplo, esteve aqui uma mulher que tinha 17 milhões
de dólares colocados em um "trust fund"
pelos seus pais. Este fundo rendia pelo menos 800 mil
dólares ao ano e duraria toda a sua vida. Essa
pessoa encontrou sua identidade e seu autovalor no estilo
de vida que levava e pela quantia que possuía.
Por exemplo, certa vez ao sair para compras, ela gastou
18 mil dólares na seção de lingeries
duma loja de departamentos.
A
maior parte das ações que ela tomava quando
se tratava de gastar grandes quantias de dinheiro eram
resultado da comparação que ela fazia com
sua irmã. A irmã estava na mesma situação;
também tinha um "trust fund" que rendia
muito. Entretanto, sua irmã nunca olhou para o
dinheiro como um aspecto da sua identidade. Ela nunca
determinou seu autovalor pela quantia que possuía.
Para
ela, todo esse dinheiro significava que ela possuía
algo para recorrer se lhe acontecesse um problema no futuro.
Ela se casou e iniciou diversos negócios com seu
marido. Foram extremamente bem sucedidos por seus próprios
méritos e, depois de alguns anos, os rendimentos
do "trust fund" dela se tornaram relativamente
pequenos se comparados com os lucros gerados pelos negócios
que eles tinham desenvolvido.
É
interessante, pois a mulher que baseou a sua identidade
e autovalor nos seus recursos financeiros, gastava grandes
quantias de dinheiro para não ficar atrás
da sua irmã. No fim ela quebrou. Esse é
um exemplo extremo de alguém que mede o seu autovalor
pela quantidade de dinheiro que tem.
A
situação desta mulher se tornou mais complicada
quando ela começou a se comparar com a irmã,
o que também é uma afirmação
sobre o seu autovalor. É comum uma pessoa comparar
seu status financeiro com o de alguém e, lamentavelmente,
essa é a origem de muitas angústias emocionais
que as pessoas carregam. As pessoas têm a tendência
de se compararem com os amigos, os colegas de trabalho,
outros membros da família e muitos outros.
Quando
as pessoas se comparam com alguém, o que estão
fazendo é realmente um julgamento entre elas e
a outra pessoa. Em algum nível, elas estão
baseando sua identidade e autovalor em elementos externos.
Quando
alguém decide se comparar e se julgar com menos
freqüência, vai começar a notar mudanças
surpreendentes na sua vida porque ele estará vendo
a vida olhando de dentro para fora. Ele estará
internamente referenciado, o que irá aumentar seu
autovalor e sua identidade porque ele estará determinando
quem ele é a partir do seu próprio coração.
Ele não dará mais às outras pessoas
a oportunidade de determinar quem ele é, porque
ele já se conhecerá a um nível mais
profundo e espiritual.
Quando
uma pessoa se compara com outra, existe uma intenção
positiva por trás do seu comportamento, mesmo que
o comportamento possa aparentar ter menos recursos. Quando
ela começa a entender estas intenções
positivas e, muitas vezes, elas giram em torno do autovalor
e da identidade, ela começará a curar a
ferida inconsciente que está impedindo-a de alcançar
a prosperidade e a abundância. De novo, é
aí onde as crenças limitantes e os imprints
entram em jogo.
A
identidade de uma pessoa não é algo que
acontece de repente como por encanto. É algo que
a pessoa constrói com o tempo. Ela tem uma experiência
e interpreta essa experiência no seu cérebro.
Toma esta experiência, dá a ela algum nível
de critério e a armazena. E em algum nível,
ela diz "Eu me baseio nessa experiência".
Ela tem outras experiências, empilhando uma em cima
da outra. Muitas pessoas tendem a selecionar as negativas
e descartar as positivas. Durante um tempo, a pessoa começa,
de propósito, a empilhar numa direção
e descarta tudo o mais. Nós somos as criaturas
do descarte. A intenção positiva que está
por trás da escolha pelo negativo é proteger
a pessoa de ter novamente outra experiência negativa.
No
fim, a pessoa também esquece de escolher o positivo.
Ela necessita aprender a absorver todas as suas experiências
positivas para manter o balanço. Quando uma pessoa
traz para dentro de si todos os elementos positivos de
uma experiência e remove as partes negativas, ela
começa a perceber que a informação
negativa não é sobre ela. Isso torna mais
fácil aferrar-se a todos os aspectos positivos
de uma situação, e integrá-los enquanto
se livra do negativo.
Se
livrar dos aspectos negativos de uma situação,
enquanto integra os positivos, com o passar do tempo irá
mudar de maneira dramática a situação
financeira de uma pessoa porque ela começa a desenvolver
um sentimento mais profundo do autovalor. Em vez de basear
seu autovalor nos elementos externos de um contracheque,
ela desenvolve um forte sentimento de autovalor que lhe
dá coragem para tentar novas coisas e assim expandir
suas oportunidades.
Por
exemplo, conheci um zelador que ganhava por volta
de $1.800 dólares por mês. Depois de
trabalhar algumas de suas crenças com a PNL
e também de algum planejamento financeiro,
ele decidiu começar seu próprio negócio.
Começou economizando dinheiro e comprou todas
os materiais de que precisava. Conseguiu um contrato
de limpeza perto do seu trabalho e contratou alguém
para cumprir o contrato. Depois conseguiu outro e
contratou mais um para ajudá-lo. Depois de
um tempo, ele decidiu sair do seu emprego e começar
sua própria empresa de limpeza. Ele, no fim,
percebeu um tremendo aumento na sua remuneração
mensal e uma sensação de liberdade que
nunca havia experimentado antes.
Ele
ainda fazia o trabalho de zelador. O que havia mudado
era o seu autovalor. Ao invés de pensar "Oh,
eu sou apenas um zelador, não posso fazer mais
nada; não sou bastante esperto," ele começou
a pensar "O que é possível?" Todo
mundo necessita alguém que venha e faça
a limpeza. As casas e as escolas precisam. Eles estão
me contratando para fazer isso, então por que eu
não passo para o outro lado da cerca e começo
o meu próprio negócio.
É
assim que você explora as possibilidades. Começa
com um sonho. Depois é uma questão de transformar
este sonho em realidade. Quando uma pessoa começa
a aceitar o seu próprio autovalor e se abre para
a idéia de que é possível, ele atrai
a abundância e a prosperidade para a sua vida. O
mundo exterior é um reflexo do nosso mundo interior.
Se alguém, no seu íntimo, está se
sentindo bem, isso geralmente se reflete na sua aparência,
e ele vai atrair experiências positivas para sua
vida. É deste modo que a vida funciona.
Referências:
Hallbom,
T. and K. Johnson, "Alternative Medicine: The Definitive
Guide", (Beverly Hills, CA: The Holistic Book Project,
1993) "Neuro-Linguistic Programming", p. 382.
Nancy
Gibbs, Time Magazine, (Time, Inc., Principal Office, Oct.
2, 1995) Vol. 146: No. 14. "The EQ Factor",
pp. 60-69. Information in the article is based on the
book written by Harvard psychologist Daniel Goleman, Ph.D.,
"Emotional Intelligence" (Bantam, 1995).
Daniel
Goleman, Reader's Digest, (The Readers Digest Association,
Jan. 1995). "What is your Emotional IQ? Pp. 49-52."
Condensed from "Emotional Intelligence" by Daniel
Goleman, Ph.D.
Kris Hallbom é jornalista independente, co-diretora
do Instituto de PNL da Califórnia, é formada
em Psicologia e Línguas. Também é
Master Practitioner em PNL.
Armand
D'Alo é fundador da Oaktree Advisory Services,
Inc., empresa de consultoria financeira na área
de Los Angeles. Master Practitioner em PNL, está
fazendo planejamento e consultoria financeira desde 1979.
Este
artigo foi publicado na revista Anchor Point, de fevereiro
de 1996