Em 1888, foi publicada em Londres a grande obra 'A Doutrina
Secreta' de Helena Petrovina Blavatsky. Ela possui dois
temas chave: a) Cosmogênese, b) Antropogênese,
tendo como centro teórico as "Estâncias
de Dzyan". Estas Estâncias foram traduzidas
de um antigo manuscrito chamado "O Livro de Dzyan"
e Blavatsky também usou alguns comentários
escritos em chinês, tibetano e sânscrito.
Estes textos de filosofia esotérica descrevem o
surgimento do Universo e o aparecimento do homem, no planeta
Terra.
Madame
Helena Petrovna Blavastky, fundadora da
Sociedade Teosófica
HELENA
PETROVNA BLAVATSKY foi uma das figuras mais notáveis
do mundo no último quartel do século
XIX. Ela abalou e desafiou de tal modo as correntes
ortodoxas da Religião, da Ciência,
da Filosofia e da Psicologia, que é impossível
ficar ignorada. Foi uma verdadeira iconoclasta -
ao rasgar e fazer em pedaços os véus
que encobriam a Realidade. Mas, porque estivesse
a maioria presa às exterioridades convencionais,
tornou-se o alvo de ataques e injúrias, pela
coragem e ousadia de trazer à luz do dia
aquilo que era blasfêmia revelar. Lenta mas
seguramente, os anos se encarregaram de fazer-lhe
justiça. Apesar das invectivas, considerava-se
feliz por trabalhar "a serviço da humanidade',
e deu provas de sabedoria ao deixar que as futuras
gerações julgassem a sua magnífica
obra.
O
"Livro de Dzyan", segundo a escritora (Madame
Blavatsky não se considera a autora da obra A Doutrina
Secreta), está intimamente relacionado com o Livro
dos Preceitos de Ouro (fonte dos textos de A Voz do Silêncio)
e com os "livros de Kiu-te", que são
uma série de tratados do budismo esotérico
conforme nos mostra David Reigle no livro The Books of
Kiu-te or the Tibetan Buddhist Tantras (Editora Wizards).
Em seu treinamento no Tibet, Blavatsky teve acesso a estes
tratados, diretamente ligados à tradição
espiritual mais antiga do Oriente e que foram preservados
e comentados pelo budismo Mahayana.
O
grande lama Tsong-Kha-pa (1357-1419), ao reformular o
budismo Kadampa, reorganizando-o como a escola Gelugpa,
fez uma série de compilações e comentários
aos principais textos da mais genuína tradição
espiritual. Madame Blavatsky dava muita importância
às obras de sua autoria, especialmente os "Lam
Rim" - amplos tratados onde eram usadas as principais
fontes, autores e escolas anteriores, com especial destaque
ao pensamento de Nagarjuna, Asanga e Atisha. E foi em
mosteiros Gelugpas que Blavatsky memorizou, estudou e
recebeu instruções orais que mais tarde
serviriam de base para comentários e esclarecimentos.
A
palavra Dzyan, que é um termo tibetano, significa
Meditação. Ele está vinculado à
palavra sânscrita Dhyana, e tem relações
com o termo Zen. Às vezes também é
escrita "Dzyn", o que significa Sabedoria. E
tem, também, uma identidade com a palavra Jnana
(Sabedoria). Assim, A Doutrina Secreta é uma obra
que tem no seu contexto e o espírito ¡nana
e "meditativo". São idéias para
serem meditadas, refletidas, investigadas, pensadas, pesquisadas.
Foi
o resultado de um grande esforço e trabalho de
quatro anos de Blavatsky procurando ofertar para os estudantes,
especialmente os ocidentais, um instrumento para se buscar
uma aproximação à sabedoria oriental
e aos significados profundos da simbologia universal.
É um desafio para a mente do estudante e possui
significados cada vez mais profundos, na medida em que
se tenta compreender o espírito dos slokas (sutras)
e fazemos uma conexão entre as diferentes tradições
filosóficas e simbólicas.
Em
janeiro de 1884, saiu na revista, The Theosophist a notícia
de que Blavatsky iria escrever uma outra grande obra,
ampliando a anterior Isis sem Véu. Durante os anos
de 1884 e 1885 ela dedicou-se a escrever. No início
de 1886, escrevendo ao seu colega de estudos Alfred Sinnett,
disse-lhe que "a cada manhã" surgia uma
nova revelação e um novo cenário.
A obra se ampliava em relação ao plano inicial
e precisou reescrever várias vezes alguns dos seus
capítulos.
Em
setembro de 1886, remeteu da Europa (onde estava escrevendo)
para a índia (Madras) o que seria o volume 1. Mas,
em 1887 resolveu escrevê-lo novamente, com "acréscimos,
retificações, cortes e substituições",
pois o material se ampliava. Ela recebia ajuda, tanto
dos seus amigos e colegas de estudos da filosofia esotérica,
quanto auxílio de seus instrutores orientais.
Ainda
em 1887, Blavatsky esteve bastante doente, à beira
da morte, tendo recebido uma visita incomum: um dos seus
Instrutores tibetanos esteve com ela e deu-lhe, segundo
suas próprias palavras, a seguinte opção:
"ou morrer, libertando-me (do corpo doente), ou continuar
viva para terminar A Doutrina Secreta...". Tendo
se recuperado, manteve seu contínuo esforço
descrito como de imensa dedicação na tentativa
de concluir esta obra, que ela considerava como a sua
grande contribuição a todos os sinceros
estudantes da tradição sabedoria.
Na
primavera de 1887, foi residir em Londres, onde tinha
um grupo de estudantes que a auxiliava na revisão
dos textos e na confirmação das centenas
de referências e citações que a obra
fazia, pois a biblioteca e os livros pessoais de Blavatsky
não passavam de 20 volumes, incluindo dicionários.
Após esses perseverantes esforços, a Doutrina
Secreta foi publicada, simultaneamente em Londres e Nova
Iorque, no final do mês de outubro de 1888. As palavras
finais de Blavatsky foram: "esta obra é dedicada
a todos os verdadeiros teosofistas".
"A
humanidade - pelo menos em sua maioria - detesta
refletir, mesmo em benefício próprio.
Magoa-se, como se fora um insulto, ao mais humilde
convite para sair por um momento das velhas e
batidas veredas e, a seu critério, ingressar
num novo caminho para seguir em alguma outra direção."
(A Doutrina Secreta)
"O
egoísmo pessoal é que excita e estimula
o homem a abusar de seus conhecimentos e poderes.
O egoísmo é um edifício humano,
cujas janelas e portas estão sempre escancaradas
para que toda espécie de iniqüidades
entre na alma humana."
(A Doutrina Secreta)
A
obra mostra a unidade original de todas as religiões,
dando bastante destaque ao simbolismo universal - fruto
da linguagem comum existente em um passado remoto. A Doutrina
Secreta foi a primeira grande tentativa, no Ocidente,
de se publicar as chaves para o estudo das diferentes
tradições, a partir de fragmentos da filosofia
esotérica. Segundo suas palavras, o primeiro passo.
consistia em "derrubar e arrancar pela raiz as árvores
venenosas e letais da superstição, do preconceito
e da ignorância presunçosa". O estudante
da sabedoria esotérica deve perder inteiramente
de vista as personalidades, crenças dogmáticas
e as religiões particulares, e investigar o que
existe de comum e essencial em todas as tradições.
No
prefácio da primeira edição era dito:
"esta obra não é a Doutrina Secreta
em sua totalidade; contém apenas um número
selecionado de fragmentos dos seus princípios fundamentais".
Como dissemos anteriormente, o centro da obra são
"As Estâncias de Dzyan", que ela comentou,
ampliando as relações do simbolismo, fazendo
correlações com as diferentes religiões,
filosofias e idéias científicas da época.
Tanto as "estâncias" quanto as ampliações
não foram expostas como alguma revelação,
mas sim encerram ensinamentos que se podem encontrar nos
milhares de volumes que formam as escrituras das antigas
religiões asiáticas e das primitivas religiões
e filosofias herméticas ocidentais. O que Blavatsky
procurou fazer foi uma brilhante síntese, mostrando
que há uma unidade nessas antigas tradições.
Ao mesmo tempo que indicava um horizonte bem mais amplo
para as idéias relativas à Cosmologia e
sobre a história da raça humana, desde uma
imemorial idade até os tempos modernos.
"Está
bem, Ouvinte. Prepara-te, pois terás que viajar
sozinho. O Instrutor pode apenas indicar o caminho. A
Senda é uma para todos; os meios para chegar à
meta variam com os peregrinos."
(A Voz do Silêncio)
H.P.BLAVATSKY
(Biografia)
HELENA
PETROVNA BLAVATSKY foi uma das figuras mais notáveis
do mundo no último quartel do século XIX.
Ela abalou e desafiou de tal modo as correntes ortodoxas
da Religião, da Ciência, da Filosofia e da
Psicologia, que é impossível ficar ignorada.
Foi uma verdadeira iconoclasta - ao rasgar e fazer em pedaços
os véus que encobriam a Realidade. Mas, porque estivesse
a maioria presa às exterioridades convencionais,
tornou-se o alvo de ataques e injúrias, pela coragem
e ousadia de trazer à luz do dia aquilo que era blasfêmia
revelar. Lenta mas seguramente, os anos se encarregaram
de fazer-lhe justiça. Apesar das invectivas, considerava-se
feliz por trabalhar "a serviço da humanidade',
e deu provas de sabedoria ao deixar que as futuras gerações
julgassem a sua magnífica obra.
Helena
Petrovna Hahn nasceu prematuramente à meia-noite
de 30 para 31 de julho (12 de agosto pelo calendário
russo) de 1831, em Ekaterinoslav, na província do
mesmo nome, ao sul da Rússia. Tão estranhos
foram os incidentes ocorridos na hora do seu nascimento
e por ocasião do seu batismo, que os serviçais
da família lhe predisseram uma existência cheia
de tribulações.
Helena
foi uma criança voluntariosa, oriunda de uma linhagem
tradicional de homens e mulheres influentes e poderosos.
A história dos seus antepassados é a história
mesma da Rússia. Blavatski era neta da talentosa
e culta Princesa Elena Dolgorouki, que se casou com André
Mikaelovitch Fadeef, o "mais velho" da linhagem
Dolgorouki, da qual os Czares Romanoff eram considerados
um dos ramos "mais novos". Em séculos atrás
seus antepassados foram os próprios fundadores da
Rússia entre os vários povos mongois.
Vê-se,
pois, que a família de Helena pertencia à
classe superior, na Rússia, com tradição
e dignidade a preservar, sendo conhecida em toda a Europa.
Helena era uma rebelde, e desde a infância sempre
manifestou desprezo pelas convenções, o que
não a impedia de compreender que as suas ações
não deviam molestar a família, nem ferir-lhe
a honra. Seu pai, o Capitão Peter Hahn, descendia
de velha estirpe dos Cruzados de Mecklemburg, os Rottenstern
Hahn. Em virtude de, aos onze anos de idade, haver perdido
a mãe, mulher inteligente e devotada à literatura,
Helena passou a adolescência em companhia de seus
avós, os Fadeef, em um antigo e vasto solar de Saratov,
que abrigava muitos membros da família e grande número
de criados e servidores, por ser o seu avô Fadeef
governador da província de Saratov.
A
natureza de Helena estava fortemente impregnada de uma inata
capacidade psíquica, de tal modo que constituía
sua característica predominante. Ela se dizia (e
o demonstrava) dotada da faculdade de comunicar-se com os
habitantes de outras esferas ou mundos invisíveis
e sutis, e com os entes humanos que consideramos "mortos".
Essa potencialidade natural foi posteriormente disciplinada
e desenvolvida. Sua educação recebeu a influência
da posição social da família e dos
fatores culturais então imperantes. Assim, ela era
hábil poliglota e tinha excelentes conhecimentos
musicais; de sua erudita avó herdou o senso científico
e a experiência; e partilhava dos pendores literários
que pareciam correr nas veias da família.
Em
1848, com a idade de 17 anos, Helena contraiu matrimônio
com o General Nicephoro Von Blavatsky, governador da província
de Erivan, que era um homem já entrado em anos- Existem
muitas versões sobre a razão desse casamento;
que não foi do seu agrado, ela o demonstrou desde
o primeiro momento- Após três meses, abandonou
o marido e fugiu para a casa da família, que a encaminhou
ao pai. Receando ser obrigada a voltar para o General Blavatsky,
tornou a fugir, no caminho; e durante vários anos
correu o mundo em viagens cheias de aventuras. 0 pai conseguiu
comunicar-se com ela e fez-lhe remessa de dinheiro. Ao que
parece, manteve-se ela ausente da Rússia o tempo
suficiente para poder legalizar a sua separação
do marido.
Em
1851 Helena, agora Senhora Blavatsky ou H. P. B., teve o
seu primeiro encontro físico com o Mestre, o Irmão
Mais Velho ou Adepto, que fora sempre o seu protetor e a
havia preservado de sérios perigos em suas irrequietas
travessuras da infância. A partir desse momento, passou
ela a ser a sua fiel discípula, obedecendo-lhe inteiramente
à influência e diretiva. Sob a orientação
do Mestre, aprendeu a controlar e dirigir as forças
a que estava submetida em razão de sua natureza excepcional.
Essa orientação conduziu-a através
de várias e extraordinárias experiências
nos domínios da "magia" e do ocultismo.
Aprendeu a receber mensagens dos Mestres e a transmiti-Ias
aos seus destinatários, e a enfrentar valentemente
todos os riscos e incompreensões no seu caminho.
Seguir o rastro de suas peregrinações durante
o período desse aprendizado é vê-Ia
em constante atividade pelo mundo inteiro. Parte do tempo
ela o passou nas regiões do Himalaia, estudando em
mosteiros onde se conservam os ensinamentos de alguns dos
Mestres mais esclarecidos e espirituais do passado. Estudou
a Vida e as Leis dos mundos ocultos, assim como as regras
que devem ser cumpridas para o acesso a eles. Como testemunho
desse estágio de sua educação esotérica,
deixou-nos uma primorosa versão de axiomas espirituais
em seu livro The Voice of Silence (A Voz do Silêncio).
Em
1873, H. P. Blavatsky viajou para os Estados Unidos da América,
a fim de trabalhar na missão para a qual fora preparada.
A alguém de menos coragem a tarefa havia de parecer
impossível- Mas ela, uma russa desconhecida, irrompeu
no movimento espiritualista, que então empolgava
tão profundamente a América e, em menor escala,
muitos outros países. Os espíritos científicos
ansiavam por descobrir o significado dos estranhos fenômenos,
e se defrontavam com dificuldades para abrir caminho em
meio às numerosas fraudes e mistificações.
De duas maneiras tentou H. P. B- explicá-los: 1.°
pela demonstração prática de seus próprios
poderes; 2.° afirmando que havia uma ciência antiqüíssima
das mais profundas leis da vida, estudada e preservada por
aqueles que podiam usá-la com segurança e
no sentido do bem, seres que em suas mais altas categorias
recebiam a denominação de "Mestres",
embora outros títulos também lhes fossem conferidos,
como os de Adeptos, Chohans, Irmãos Mais Velhos,
Hierarquia Oculta, etc.
Para
ilustrar suas afirmações, H.P.B. escreveu
Isis Unveiled (Ísis sem Véu), em 1877, e The
Secret Doctrine (A Doutrina Secreta), em 1888, obras ambas
"ditadas" a ela pelos Mestres. Em Ísis
sem Véu lançou o peso da evidência colhida
em todas as Escrituras do mundo e em outros anais contra
a ortodoxia religiosa, o materialismo científico
e a fé cega, o ceticismo e a ignorância. Foi
recebida com agravos e injúrias, mas não deixou
de impressionar e esclarecer o pensamento mundial.
Quando
H. P. B. foi "enviada" aos Estados Unidos, um
de seus objetivos mais importantes consistiu em fundar uma
associação, que foi formada sob a denominação
de THE THEOSOPHICAL SOCIETY (Sociedade Teosófica),
"para pesquisas e difundir o conhecimento das leis
que governam o Universo"'. A Sociedade apelou para
a "fraternal cooperação de todos os que
pudessem compreender o seu campo de ação e
simpatizassem com os objetivos que ditaram a sua organização"
a. Essa "fraterna cooperação" tornou-se
a primeira das Três Metas do trabalho da Sociedade,
as quais foram durante muitos anos enunciadas nestes termos:
Primeira
- Formar um núcleo de Fraternidade Universal na Humanidade,
sem distinção de raça, credo, sexo,
casta ou cor.
Segunda
- Fomentar o estudo comparativo das Religiões, Filosofias
e Ciências.
Terceira
- Investigar as leis inexplicáveis da Natureza e
os poderes latentes do homem.
Foi
recomendado à Senhora Blavatsky que persuadisse o
Coronel Henry Steel Olcott a cooperar com ela na formação
da Sociedade. Era um homem altamente conceituado e muito
conhecido na vida pública da América, e tanto
ele como H. P. B. tudo sacrificaram em prol da realização
da tarefa que os Mestres lhes haviam confiado.
Ambos
foram para a índia em 1879, e ali construíram
os primeiros e sólidos alicerces do seu trabalho.
A Sociedade expandiu-se rapidamente de país em país;
sua afirmação de serviço pró-humanidade,
a amplitude de seu programa, a clareza e a lógica
de sua filosofia e a inspiração de sua orientação
espiritual ecoaram de modo convincente em muitos homens
e mulheres, que lhe deram o mais firme apoio. H. P. B. foi
investida pelos Mestres com a responsabilidade de apresentar
ao mundo a Doutrina Secreta ou Teosofia: ela era a instrutora
por excelência; ao Coronel Olcott foi delegada a incumbência
de organizar a Sociedade, o que ele fez com notável
eficiência. Como era natural, esses dois pioneiros
encontraram a oposição e a incompreensão
de muita gente; especialmente H. P. B. Mas ela estava preparada
para o sacrifício. Como escreveu no Prefácio
de A DOUTRINA SECRETA: "Está acostumada às
injúrias, e em contato diário com a calúnia;
e encara a maledicência com um sorriso de silencioso
desdém."
A
fase mais brilhante e produtiva de H. P. B. foi
talvez a que se passou na Inglaterra entre os anos
de 1887 e 1891. Os efeitos do injusto Relatório
da "Sociedade de Investigações
Psíquicas" ( 1885) acerca dos fenômenos
que ela produzia, assim como os dos ataques desfechados
pelos missionários cristãos da índia,
já haviam em parte desaparecido.
Ao
seu incessante labor de escrever, editar e atender
à correspondência, somava-se a tarefa
de formar e instruir discípulos capazes de
dar prosseguimento à sua obra. Para este
fim, organizou, com a aprovação oficial
do Presidente (Coronel Olcott), a Seção
Esotérica da Sociedade Teosófica.
Em 1890 contava-se em mais de um milhar o número
de membros que se achavam sob a sua direção
em muitos países.
A
DOUTRINA SECRETA se define por seu próprio título.
Expõe "não a Doutrina Secreta em sua
totalidade, mas um número selecionado de fragmentos
dos seus princípios fundamentais". 1º)
Mostra: que é possível obter uma percepção
das verdades universais, mediante o estudo comparativo da
Cosmogonia dos antigos; 2º) proporciona o fio que conduz
à decifração da verdadeira história
das raças humanas; 3°) levanta o véu da
alegoria e do simbolismo para revelar a beleza da Verdade;
4º) apresenta ao intelecto ávido, à intuição
e à percepção espiritual os "segredos"
científicos do Universo, para sua compreensão.
Segredos que continuarão como tais enquanto não
forem entendidos.
H.
P. B. faleceu a 8 de maio de 1891, deixando à posteridade
o grande legado de alguns pensamentos dos mais sublimes
que o mundo já conheceu. Ela abriu as portas, há
tanto tempo cerradas, dos Mistérios; revelou, uma
vez mais, a verdade sobre o Homem e a Natureza; deu testemunho
da presença, na Terra, da Hierarquia Oculta que vela
e guia o mundo. Ela é reverenciada por muitos milhares
de pessoas, porque foi e é um farol que ilumina o
caminho para as alturas a que todos devem ascender.