Assim
como as estrelas giram ao redor do centro de sua Galáxia
todos nossas atitudes, pensamentos, vontades, etc. devem
girar ao redor de nossa Consciência.
O
ensinamento gnóstico é a chave que pode
nos levar a auto-realização íntima
do Ser, sendo assim muitos estudantes podem perguntar:
Por que não existem tantos homens de consciência
desperta ? O ensinamento gnóstico não é
a chave da auto-realização?
Dentro
de cada um de nós vivem muitas pessoas, são
opiniões diferentes, desejos diferentes.
A cada momento uma destas pessoas assume o controle
da máquina humana e faz seus desejos e vontades.
Jura amor eterno a uma pessoa, que jamais se separará
dela, que será fiel até que a morte
os separe. Passa-se um tempo e outro eu psicológico
assume o controle da máquina e logo arruma
outra pessoa, pede a separação e novamente
jura amor a sua nova parceira.
A
resposta para tal pergunta é simples. Não
existe o indivíduo psicológico. Em cada
um de nós vivem muitas pessoas, se não há
um sujeito responsável, seria absurdo exigir de
alguém continuidade de propósitos.
Dentro
de cada um de nós vivem muitas pessoas, são
opiniões diferentes, desejos diferentes. A cada
momento uma destas pessoas assume o controle da máquina
humana e faz seus desejos e vontades. Jura amor eterno
a uma pessoa, que jamais se separará dela, que
será fiel até que a morte os separe. Passa-se
um tempo e outro eu psicológico assume o controle
da máquina e logo arruma outra pessoa, pede a separação
e novamente jura amor a sua nova parceira.
O
que um eu determinado afirma num instante não tem
nenhuma seriedade, devido ao fato concreto de que qualquer
outro eu pode afirmar exatamente o contrário em
qualquer outro momento.
O
pior de tudo isto é que muitas pessoas afirmam
ter o sentido da responsabilidade moral e se auto-enganam,
afirmando ser sempre as mesmas. Se assim fosse não
precisaríamos dos contratos para fecharmos um negócio
ou para financiar um automóvel.
O
próprio ser humano sabe que não tem continuidade
de propósitos e por isso cria leis para proteger-se
de si mesmo. Muitas pessoas quando tem seu primeiro contato
com o ensinamento gnóstico empolgam-se, entusiasmam-se
com o trabalho esotérico e até juram consagrar
a totalidade de sua existência a estas questões.
Todos
os membros da instituição admiram um entusiasta
assim. Qualquer instrutor gnóstico sente muita
alegria quando ouve tal afirmação. Contudo,
o idílio não dura muito tempo. Qualquer
dia, devido a tal ou qual motivo, justo ou injusto, simples
ou complicado, a pessoa se retira de Gnose. Então
abandona o trabalho e, para endireitar o entortado, ou
tratando de se justificar a si mesmo, afilia-se a qualquer
outra organização mística e pensa
que agora vai melhor.
Tudo
isto se deve a multiplicidade de eus, que em nosso interior,
lutam entre si por sua própria supremacia. Cada
eu psicológico possui mente própria, vontade
própria. Cada eu segue seu próprio critério
tem suas próprias idéias sendo assim é
normal este mariposear constante de organizações,
de ideal em ideal.
Muitos
estudantes devido a falta de prática, a falta de
oração e iluminação interna
dão margem a eus do fanatismo, da mitomania e num
belo dia após uma experiência mística
crêem-se deuses, mestres; brilham como luzes fátuas
e logo desaparecem. É preciso estar sempre atento,
pois a cada momento um novo eu aparece e domina a máquina
humana. Precisamos começar a colocar disciplina
e pratica em nossas vidas.
Se
não lutamos contra a vida esta nos devora; e são
raros os aspirantes que, de verdade, não se deixam
tragar pela vida. Existindo dentro de nós esta
imensa multiplicidade de eus o centro de gravidade permanente
não pode existir.
Para
adquirirmos o centro de gravidade permanente precisamos
ter continuidade de propósitos e para isso é
necessário eliminarmos o ego de nossa psique. Somente
mediante a morte do eu a essência pode liberar-se
e cumprir com a vontade do Pai que está em segredo.Precisamos
olhar para frente, traçar nosso objetivo impor
disciplina naquilo que fazemos e cumprir com o que falamos.
É
muito normal que alguém se entusiasme pelo trabalho
esotérico e que logo o abandone; o estranho é
que alguém não abandone o trabalho e chegue
a meta. Todos nós temos a capacidade de nos auto-realizar
de despertar a nossa consciência e nos liberar deste
vale de lágrimas em que vivemos.
O
Sol está realizando um grande experimento no laboratório
da natureza e todos nós fazemos parte desta experiência.
Dentro de cada um de nós existem germes, que convenientemente
desenvolvidos, podem converter-nos em homens solares.
Mas para isso é preciso ter um campo fértil
para que estes germes possam germinar e darem frutos.
Para que esta semente depositada em nossas glândulas
sexuais possa germinar, necessita-se continuidade de propósitos
e corpo físico normal.
Atualmente
os cientistas utilizam nossas glândulas de secreção
interna para fazerem experiências. Se isto continuar
ocorrendo qualquer possibilidade de desenvolvimento dos
mencionados germes poderá perder-se. Num passado
muito arcaico de nosso planeta terra houve uma civilização
que passou por um processo muito semelhante ao que estamos
vivendo hoje. Todos os grandes iniciados que despertaram
a consciência sabem que as formigas, num passado
muito remoto em que nem os maiores historiadores do mundo
sequer suspeitam, foram uma raça humana que criou
uma poderosíssima civilização socialista.
Esta
notável civilização eliminou todos
os ditadores, seitas religiosas, o livre arbítrio
e tudo o que lhes tirava o poder, pois necessitavam ser
totalitários no mais completo sentido da palavra.
Aliado a tudo isto acrescentaram os experimentos científicos;
transplantes de órgãos, glândulas,
ensaios com hormônios, etc. tudo isto resultou no
empequenecimento gradual e na alteração
morfológica daqueles organismos humanos, até
se converterem por último, nas formigas que hoje
conhecemos. Qualquer pessoa enche-se de assombro ao ver
um formigueiro, sua organização, hierarquia,
mas não podemos mais que lamentar sua falta de
inteligência. O mesmo ocorreu com os cupins e as
abelhas, todos um dia foram humanos que degeneraram até
se tornarem no que são atualmente.
Todo
aquele que não trabalha sobre si está condenado
a involução e a degeneração.
Toda civilização que utiliza erroneamente
o laboratório solar para seus experimentos está
condenada ao mesmo destino das formigas, abelhas e cupins.
O experimento solar é muito difícil e tem
dado poucos frutos.
Só
é possível a criação do homem
solar se antes estabelecermos o centro de gravidade permanente
em nossas vidas. Quando o Sol perde o interesse por uma
determinada raça esta fica condenada a destruição
e a involução.
Para
nos tornarmos homens solares é preciso lutar contra
a força lunar. Para nos livramos da força
lunar é preciso criar o centro de gravidade permanente.
Como poderíamos dissolver o eu pluralizado se não
temos a continuidade de propósitos? De que maneira
poderíamos ter continuidade de propósitos
sem antes ter estabelecido um centro de gravidade permanente?
Precisamos
lutar para nos livrar da influência lunar. Para
isto temos os três fatores da revolução
da consciência como arma. Só trabalhando
sobre nós mesmos, com verdadeira continuidade de
propósitos e sentido completo de responsabilidade
moral, podemos converter-nos em homens solares. Isto implica
consagrar a totalidade de nossa existência ao trabalho
esotérico sobre nós mesmos.
O
trabalho esotérico começa agora, neste
exato momento. Não podemos deixar para amanhã
o inicio de nosso trabalho. O trabalho esotérico
não tem nada a ver com nossa situação
econômica, nossa situação emocional.
Temos
todas as ferramentas em nossas mãos e não
podemos deixar que a influência lunar nos
leve para o abismo. O estudante que não vê
a importância de entregar a totalidade de
sua existência ao trabalho sobre si mesmo,
com o propósito de libertar-se da força
lunar, segue rumo a involução e degeneração
total.
Em
nossa vida existem muitas tentações, desculpas
evasivas, existem atrações fascinantes,
que, de fato, sói ser quase impossível compreender,
por tal motivo, a urgência do trabalho esotérico.
Mas para aquele que realmente almeja tornar-se homem solar,
tem a seu favor uma pequena margem de livre arbítrio.
Este livre arbítrio associado com o trabalho gnóstico
pode nos conduzir a liberação total.
A
mente volúvel não entende o que aqui estamos
dizendo; lê esta conferencia e posteriormente a
esquece. Vem depois outro livro e outro; e finalmente
acabamos afiliando-nos a qualquer instituição
que nos venda um passaporte para o céu, que nos
fale de forma mais otimista, que nos assegure comodidades
no mais além.
Precisamos
estar atentos a toda a classe de eus que se manifestam
em nosso dia-a-dia para não nos tornarmos marionetes
nas mãos do ego.
Desde
já precisamos nos organizarmos, pegar as ferramentas
que possuímos e lutarmos com unhas e dentes pelo
nosso despertar.