Os
antigos ensinavam que ter o entendimento de si mesmo equivalia
a ter o entendimento de Deus, e que pelo processo de meditação
nos é dado o poder de liberar a Energia Divina
de dentro de nós e de transmutar a discórdia
em harmonia, a ignorância em sabedoria, o medo em
amor e a falta em abundância.
Este
volume diminuto não pretende abranger todos os
ensinamentos acerca da abundância que flui através
dos canais da Sabedoria Plena, os quais têm sido
adaptados pela cultura ocidental e reinterpretados como
metafísica espiritual. O conceito de suficiência
plena foi construído a partir das formas originais
de todos os sistemas filosóficos e religiosos existentes
até o segundo século d.C., quando teve início
a guerra contra o autoconhecimento e a autoconfiança.
Um
ensinamento, em particular, permaneceu constante
durante o processo iniciático: mente e
emoções personificando amor, gentileza
e paz eliminam a limitação, de modo
que a consciência de um estado pacífico
e inofensivo liberte o indivíduo do cativeiro
e das restrições do pensamento da
raça humana.
Os
antigos ensinavam que ter o entendimento de si
mesmo equivalia a ter o entendimento de Deus,
e que pelo processo de meditação
nos é dado o poder de liberar a Energia
Divina de dentro de nós e de transmutar
a discórdia em harmonia, a ignorância
em sabedoria, o medo em amor e a falta em abundância.
Os
iniciados eram treinados para conceber a mais
alta visão com seu Verdadeiro Mestre Interior
- a Fonte de Tudo.
Estudantes
dos sagrados mistérios eram, também, instruídos
quanto ao uso do inato poder irradiante e magnético
no exercício do domínio de si. Por meio
do trabalho com a rítmica energia proveniente do
Eu Superior, qualquer tipo de bem que fosse necessário
para se efetuar uma troca era tido como instrumento de
boa vontade superior, assim como o dinheiro, que nada
mais era que um simples sinal da apreciação
pelo serviço de alguém, ou mesmo um símbolo
de amor e de integridade.
Sem
entrarmos muito no mérito da questão, um
ensinamento, em particular, permaneceu constante durante
o processo iniciático: mente e emoções
personificando amor, gentileza e paz eliminam a limitação,
de modo que a consciência de um estado pacífico
e inofensivo liberte o indivíduo do cativeiro e
das restrições do pensamento da raça
humana.
As
escolas de mistérios da Ásia, do Egito,
da Pérsia e da Grécia prestaram um serviço
de incalculável valor para a humanidade por meio
do despertar dos poderes espirituais de alguns homens
e mulheres dedicadas, e esses conhecimentos a cerca da
harmonia e da realização tiveram continuidade
pelos livros sagrados e ensinamentos secretos... Na Cabala
dos hebreus, nos místicos hindus e budistas, nas
escrituras gnósticas do início do Cristianismo
e em certas passagens da Bíblia.
Por
meio da inspiração e dos ensinamentos de
Jesus, os gnósticos (do grego gnois, que significa
conhecimento) continuaram a tradição esotérica
e suas escrituras enfatizavam a unicidade entre Deus e
o Homem, a Divindade do Indivíduo e o Poder Criativo
de cada alma para se elevar acima das limitações.
(Nos textos de Nag Hammadi, descobertos no Egito, em 1945,
considerados mais antigos que os evangelhos do Novo Testamento,
temos uma biblioteca das escrituras gnósticas).
No
Evangelho segundo Tomé, Jesus deixa claro que o
homem, ao conhecer a sua própria e verdadeira identidade,
passa ter a compreensão que é Uno como Pai
e enfatiza, então, a verdade que diz ser a consciência
que o homem tem da sua Divindade, do seu ser Crístico,
o seu próprio suprimento. Jesus disse: "Se
não conheceres a ti mesmo, viverá na pobreza,
e tu és quem será a pobreza".
O
evangelho de Felipe recorda-nos a prática esotérica
de transformar a visão em forma manifesta: "...
você deve se tornar o que você vê".
Os gnósticos, que adoravam a Luz Pura do Cristo
que vive no interior de cada ser humano, por seus conhecimentos
sobre os pensamentos-forma e os princípios de manifestação,
foram capazes de cooperar com a Divindade na liberação
de poderes criativos por aproximadamente 300 anos seguidos,
no tempo em que Jesus esteve na Terra.
No
ano de 180, dC. , Irenaeus, Bispo de Lyon, atacou o pensamento
independente e todo ensino relativo à unicidade
de Deus com o homem, pois acreditava que a consciência
espiritual e a união pessoal com Deus acabariam
por minar a autoridade dos padres; assim, para combater
o perigo, ele dirigiu sua fúria para o gnosticismo.
Para começar, Iranaeus editou os seus Cinco Livros
Contra os hereges, seguidos por uma lista dos escritos
aceitos, para os quais foram escolhidas apenas aquelas
cujas palavras apoiassem suas exigências em relação
ao dogma estabelecido. O direcionamento da mente no sentido
de dentro para fora começava a mudar a partir de
então, e o inato poder do indivíduo foi,
gradualmente, sendo colocado em uma estrutura exterior,
rebaixando-se-lhe a autoridade.
O
Cristianismo, quando tornado a religião única
e oficial do Estado, em 395, pelo Imperador Theodosius,
assumiu o controle completo sobre as mentes dos indivíduos,
entrando, a humanidade, em um período negro de
mil anos, conhecido como a Era Escura. De fato, os primeiros
quatrocentos anos desse período são considerados
como o Período Infrutífero da Europa, período
em que a literatura, as ciências e a educação
pouco contribuíam com o futuro da raça humana,
dado o reduzido avanço que tiveram.
O
que hoje é conhecido como "consciência
de prosperidade", a compreensão de Deus como
Fonte de Todo o Bem, era quase inexistente. O sistema
feudal controlou a vida das pessoas durante séculos
e as chaves para a iluminação espiritual
eram guardadas pelos líderes da Igreja. Uma
interpretação livre e subjetiva da doutrina
cristã ou a simples falta de fé na religião
resultavam em penalidades extremas.
Assim,
como constante embate entre a Igreja e o indivíduo,
a prática e o domínio de técnicas
por meio de uma necessidade autônoma, a exemplo
da ciência das forças e das formas, estiveram
temporariamente perdidos. A mente ocidental foi mantida
"no escuro" até a instituição
cristã começar a se romper por volta do
ano de 1500 - só então os princípios
eternos da Unidade começaram a reemergir.
Os
rosascrucianos - a Fraternidade da Cruz Vermelha, que
permaneceu em segredo até a publicação
do manifesto da Ordem, em 1614 - começaram a agir
contra a intolerância religiosa, passando, com isso,
a exercer influência. Seguindo a tradição
dos egípcios antigos e dos cristãos gnósticos,
os membros da sociedade secreta tornaram-se conhecidos
por transcenderem as limitações do mundo
físico pelo despertar espiritual - uma superação
da falta pelo conhecimento da Presença e da realização
da Vontade de Deus.
A
Maçonaria, mais antigas que qualquer outra das
religiões vivas do mundo, de acordo com Albert
Pike, continuou a cadeia dos mistérios sagrados.
Poe meio uma compreensão da realidade espiritual
e de uma dedicação à Sabedoria, amor
e Serviço, os Mestres Maçons alcançavam
poderes supernaturais, com a habilidade de fazer manifestar
da substancia invisível toda suficiência
de suprimentos visíveis. A mente da raça
humana estava, então, começando a sentir
o efeito dessa nova Luz da Compreensão.
Por
volta de 1800, a filosofia esotérica e o
misticismo prático inundaram a Europa e a
América como um maremoto. O Movimento Transcendental,
liderado por Ralph Waldo Emerson, começou
na Nova Inglaterra; o Movimento Metafísico
foi introduzido por Phineas Quimby; H.P.Blavatsky
e Henry Olcott fundaram a sociedade Teosófica;
Mary Baker Eddy fundou a Ciência Cristã;
o Movimento do Pensamento Novo floresceu como trabalho
e dos ensinamentos de Charles e Myrtle Fillmore
(Unidade), Nona Brooks (Ciência Divina) e
Ernest Holmes (Ciência Religiosa); Alice Bailey
estabeleceu a Escola dos Arcanos; Rudolph Steiner
formou a Sociedade Antroposófica; Paramahansa
Yogananda fundou a confraternização
da Auto Realização; fora a riqueza
material, nos arquivos de Edgard Cayce, que fez
crescer a Associação para Pesquisa
e Iluminação – apenas para nomear
alguns dos colaboradores do desenvolvimento espiritual
da Nova Era.
Estima-se,
agora, que pelo menos 25% da população da
América estejam envolvidas, de alguma forma, com
aquilo a que se atribuiu o nome de Filosofia Esotérica
ou Religião do Pensamento Novo; é justamente
no cerne de todo esse movimento, no coração
dessa consciência que está emergindo, está
a Verdade de que Deus é ilimitadamente próspero
e que nós, sendo a expressão di Infinito,
temos uma herança abundante.
Essa
mensagem de Prosperidade não poderia ser guardada
em segredo nem mesmo na Bíblia - com mais de 200
anos de censura, traduções e reedições,
ainda assim a Luz de Ouro da Segurança do Pai permanece.