Eliphas
Levy
Autêntico
Mestre da Loja Branca
Aphonse
Charles Constant (1810-1875), nasceu em Paris no bairro
de Odeón. Recebeu uma educação
digna. Meigo, piedoso e estudioso, Constanl é
motivo de numerosos elogios por parte de seus professores.
Merecidamente Alphonse-Charles é admitido no
Seminário Maior de Issy em Paris o qual recebe
a ordem do Diaconato e. posteriormente, do Subdiaconato
em 19 de dezembro de 1835. Nesta época Aphonse
já estava procurando desvendar os mistérios
da Alta Magia.
Saindo do seminário em Junho de 1836, para
melhor pensar sobre a sua vocação sacerdotal,
Aphonse conhece a miséria que imperava em uma
Europa em pleno estado de transformações
Sociopolíticas. Sua mãe, nesta ocasião
morre de desespero.
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O
Abade Eliphas Levi, revelou em todas as suas grandes
obras iniciáticas Os Grande Mistérios
Alquímicos e Cabalísticos, em linguagem
totalmente gnóstica, e somente quem tem
os conhecimentos das correntes gnósticas
compreendem suas obras, prova disto é o
seu livro intitulado O GRANDE ARCANO,
que foi estudado por milhares de pessoas sem estes
nossos conhecimentos, e não entenderam
absolutamente nada, dos mistérios que ali
estão ocultos. Daí está à
importância destes nossos estudos gnósticos.
Eliphas
Levi, autêntico mestre da loja branca.
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Sufocado
e frustrado com a intempestiva vida social de Paris,
Aphonse sente-se vocacionado à vida claustral
e, em 1839, ingressa na famosa abadia beneditina de
Solesme, permanecendo na mesma por um ano, ano este,
por sinal, rico e frutífero como o mesmo atesta:
Passei horas maravilhosas na magnífica
biblioteca... tive bastante tempo para estudar a doutrina
dos antigos gnósticos, dos pais da igreja primitiva,
os livros de Cassiano e outros ascetas; os escritos
piedosos dos místicos, e principalmente os livros
admiráveis e ainda ignorados por Mme Guyon.
Após sair do monastério, Aphonse é
contratado como vigilante de internato no colégio
dirigido pela Congregação do Oratório
em July. Nesta ocasião escreve o seu primeiro
livro, A Bíblia da Liberdade, com forte teor
revolucionário a ponto de ser confiscado pelas
autoridades francesas, que levam o jovem Aphonse, juntamente
com o seu editor, perante o Tribunal Criminal, acusando-os
de ataque à propriedade, à moral
pública e religiosa. Aphonse é recluso
par onze meses na prisão. Porém, o tempo
é sabiamente aproveitado, na biblioteca da prisão.
Aphonse depara com as obras de Swedenborg, que lhe causaram
profunda impressão e das quais ele escreveu:
Não contém a verdade, mas conduzem
a ela infalivemente. Aphonse liberado em abril
de 1842.
Procura então ganhar o seu sustento através
do brilhante talento que possuía para a pintura
e o desenho artístico.
Compadecido pelo desperdício de um intelecto
notável associado a uma virtuosidade acima de
dúvidas, o arcebispo de Paris, Monsenhor Affre,
recomenda o jovem Aphonse ao bispo de Evreux, Monsenhor
Oliver, que o admite na função de pregador,
já que o jovem Aphonse estava eclesiasticamente
revestido da ordem do Diaconato. Porém, como
as sombras não suportam a manifestação
da luz, Aphonse é vítima de uma intriga
movida por clérigos que se sentiram ameaçados
pela sua liberdade de espírito e pela crescente
influência junto ao povo. Devido a isto ele abandona
a função de pregador.
Aphonse sobrevive escrevendo canções românticas
e políticas, aproveitando todo o tempo disponível
para aprofundar os seus estudos através de obras-primas
do hermetismo na Biblioteca Nacional de Paris.
Por volta de 1845, movido pela degeneração
política e social que então imperava na
velha Europa, Aphonse estuda com afinco todos os escritos
socialistas, republicanos e anarquistas, passando a
frequentar e discursar nos clubes republicanos parisienses.
Um panfleto de sua autoria, intitulado A Voz da
Fome(defendia os direitos das mulheres), acarreta-lhe
mais um ano de prisão.
Com a famosa revolta popular de 1848 em Paris, liga-se
a vários clubes políticos, passando a
publicar seus trabalhos de conscientização
política no jornal libertário O Tribuno
do Povo. Em uma manifestação o exército
fuzila no seu lugar um negociante de vinho de aparência
semelhante à sua. Seu coração sensível,
diante deste erro trágico, leva-o para longe
dos políticos e de seu mundo de violência
e ilusão.
Afastado do contexto revolucionário, encontra
aquele que seria seu mestre, Hoëne Wronski, sábio,
filósofo e metafísico, do qual Aphonse
escreveria mais tarde: Um homem cujas descobertas
só no terreno da matemática teria espavorido
o gênio de Newton, acaba de instituir neste século
de ceticismo, a base doravante inabalável de
uma ciência simultaneamente humano e divina. Foi
o primeiro que ousou definir a essência de Deus,
nesta própria definição encontra-se
a lei do movimento e da criação universal...
Ele descobriu o segredo da vida, e esse alquimista da
ciência universal desfruta agora do seio de Deus
a imortalidade que ele criou para si...
Wronski marcou profundamente a evolução
intelectual e espiritual de Aphonse, ao ponto de corroborar
na escolha do seu pseudônimo, Eliphas Levy, tradução
hebraica de seus prenomes. Nesta ocasião de ascensão
intelectual e espiritual, Eliphas Levy publica, por
fascículos, a obra de excelência do ocultismo,
Dogma e Ritual de Alta Magia.
Porém, como a doutrina metafisica de Wronski
apenas lhe satisfazia o intelecto, Eliphas Levy não
se dava por satisfeito, já que por esta ocasião
ele não só era um assíduo estudante
dos mistérios herméticos e cabalísticos,
como também um praticante da Magia Ritual.
Se Eliphas Levy, aprendera a voar como a águia,
o seu vôo de condor, seu batismo de luz,
se deu em Londres em 26 de julho de 1854, com a sublime
evocação ritual do grande mago neopitagórico
Apolonius de Thyana, falecido em Éfeso no ano
de 97 d.C.
De volta a Paris em agosto de 1854, Eliphas Levy é
vitimado de uma atividade sufocadora, ocasionada pela
afirmação dos meios esotéricos
da época, de que o mesmo recebera em Londres
a mais alta iniciação e o reconhecimento
dos Mestres superiores. A vida do mago é preenchida
por palestras, consultas, experiências alquímicas
e a publicação de obras de alto teor hermético.
Nesta ocasião é convidado a se iniciar
na Franco-Maçonaria; porém, se afasta
das lojas poucos dias depois.
Apesar da saúde abalada pelo excesso de dedicação
à sua sublime missão de luzeiro de espiritualidade
junto a um mundo mergulhado nas trevas do materialismo
racionalista, Eliphas Levy não diminuía
o ritmo de uma atividade titânica: vidente, tarólogo,
quirólogo, escritor, guia e curador, colaborando
para a cura de inúmeras pessoas já desenganadas
pela medicina oficial.
A guerra de 1870 ocasiona a partida de seus amigos estrangeiros;
Paris mergulha na miséria, na fome e no medo.
Por ocasião do cerco da capital francesa, Eliphas
Levy luta contra o intenso frio e a fome; porém,
a guerra, o temor e a distância não conseguem
desfazer os reais laços de fraternidade que transcendem
o plano físico fundamentando-se no espírito,
pois seus amigos estrangeiros enviam-lhe, através
das trincheiras, auxílio material e consolo espiritual
por cartas e orações.
Com a vida inteira dedicada à auto-realização,
ao ressuscitar dos antigos e sublimes mistérios,
ao redimensionamento espiritual do homem não
só como ser individual mas também como
elemento social, Eliphas Levy escreveu também
A História da Magia, A Chave dos Grandes Mistérios,
O Grande Arcano, Livro dos Sábios, Fábulas
e Símbolos, Catecismo da Paz, Clavículas
de Salomão, Feiticeiro de Meudon, Origens da
Cabala, Curso de Filosofia Oculta, Mistérios
da Cabala, Paradoxos da Sabedoria Oculta e Ciência
dos Espíritos.
Cumprida a sua missão de Prometeus,
Eliphas Levy transcende tranquilamente aos planos superiores
no dia 31 de maio de 1875, em sua residência.
Muitos estudiosos e a maioria dos leitores não
compreendem as obras do abade Eliphas Levy. O que estas
pessoas não sabem, é que para compreender
a sabedoria dos livros de Eliphas Levy, é fundamental
e indispensável possuir os ensinamentos Gnósticos.
Somente a sabedoria gnóstica oferece as chaves
para decifrar a Alta Magia revelada por Eliphas Levy.
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