A
LEI DO KARMA
Samel
Aun Weor
Que
se pode responder ao profano quando, ao se lhe falar do
retomo, ele declara não poder acreditar nele, já
que ninguém foi e voltou para contar o que viu?
Os
dias vão e vem. Os sóis regressam ao seu ponto
de partida depois de milhares de anos. Os anos se repetem
e as quatro estações (primavera, verão,
outono e inverno) sempre voltam. Portanto, não há
necessidade de se acreditar no retomo já que é
tão evidente que todos o estão vendo diariamente.
Assim também as almas retomam, regressam, a este
mundo. Esta lei existe para toda a criatura.
Como
podemos demonstrar a existência do retomo?
Podemos
evidenciar todos a lei do eterno retomo despertando a consciência.
Nós temos sistemas e métodos para o despertar
da consciência. A pessoa desperta pode recordar todas
suas vidas passadas. Para quem se lembra das vidas anteriores,
a lei do retomo é um fato.
Por
que há pessoa com preparo que mesmo trabalhando e
lutando muito por uma posição não o
conseguem, em troca, outras, com menos preparo e esforço,
conseguem o êxito desejado?
Tudo
depende da lei do Karma. Esta palavra Karma quer dizer ação
e conseqüência. Se em vidas passadas agimos bem,
triunfamos e somos felizes na presente vida. Porém,
se em vidas anteriores praticamos o mal, na atual fracassamos.
Por
que há famílias que por mais que se esforcem
não conseguem ter amigos de modo algum, enquanto
que para outros é tão fácil conquistá-los
aonde quer que vão?
Em
vidas anteriores tivemos muitos amigos e inimigos e ao voltarmos
ou regressarmos a este mundo, tomamos a reencontrar essas
amizades ou esses adversários, então tudo
se repete como já aconteceu. Mas, também,
há gente difícil que não gosta de ter
amigos, são os misantropos, gente que se oculta,
que se afasta, que se distancia da sociedade, são
solitários por natureza e por instinto. Quando tais
pessoas voltam a este mundo, costuma ver-se sós,
ninguém simpatiza com elas. Em troca, há outras
pessoas que souberam cumprir com seus deveres para com a
sociedade, para com o mudo e até trabalharam por
seus semelhantes, em vidas passadas. Logicamente, ao retornarem
a este mundo vêem-se rodeadas por aquelas almas que
formaram seu ambiente e agora gozam naturalmente de muita
simpatia.
A
que se deve que algumas donas de casa não encontrem
quem lhes ajude fielmente, ainda que tratem bem suas empregadas,
enquanto que outras, em troca, não encontram dificuldade
alguma neste sentido?
Aquelas
donas de casa que não contam com criadagem fiel e
sincera foram, em vidas anteriores, déspotas e cruéis
com seus criados e agora não encontram quem lhes
sirva, pois que não souberam servir no passado. Eis
a conseqüência.
Por
que há pessoas que desde o nascimento estão
a trabalhar sem descanso, como se estivessem a sofrer uma
condenação e só param ao morrer; em
troca, outras vivem bem e sem tanto trabalho?
Isso
se deve á Lei do Karma. As pessoas que trabalham
muito e não progridem, em vidas passadas fizeram
seus semelhantes trabalharem demais. Exploraram seus súditos
impiedosamente e agora sofrem a conseqüência,
trabalhando inutilmente, pois não progridem.
Meu
filho contraiu um matrimônio que lhe foi sumamente
mal. As empresas onde trabalhava faliam. Uma vez pediu um
empréstimo bancário para por um negócio
e fracassou rotundamente. Tudo o que empreendia fracassava.
Teve de divorciar-se da esposa devido aos tantos desgostos
que tinham. Depois de algum tempo contraiu novas núpcias
e aquele homem a quem só faltou pedir esmola, agora
se acha muito bem e seu sucesso aumenta a cada dia. A que
se deve isto?
Existe
três vínculos matrimoniais:
Os
primeiros são de dor, miséria, fome, desgraça,
nudez... Os segundos são de êxito, felicidade,
amor, progresso econômico ... Os terceiros são
para as almas selecionadas, puras e santas. Trazem naturalmente
felicidade inesgotável.
Sobre
o caso que você me relata devo dizer que ele pertence
á primeira ordem de vínculos matrimoniais.
Não há dúvidas que seu filho e a esposa
dele sofreram bastante pagando as más ações
de suas vidas passadas. Naturalmente, já haviam sido
marido e mulher antes e agiram mal, não souberam
viver juntos e o resultado foi a dor. O segundo matrimônio
de seu filho lhe foi benigno do ponto de vista econômico.
Podemos catalogá-lo como de boa sorte, dármico.
Diríamos que resultou das boas obras de vidas anteriores.
Sua segunda esposa também conviveu com ele antes
e com ela se comportou melhor, o resultado foi que agora
o favoreceu melhorando sua sorte. Isso é tudo.
Meu
filho está doente há cinco anos. Gastamos
já muito com médicos que não encontram
a causa exata de sua enfermidade. Uns dizem que talvez seja
um choque nervoso, outros supõem que foi vítima
de trabalhos de bruxaria, já que era um rapaz bastante
inteligente nos estudos. Qual é a sua opinião?
Ressalta
a todas as luzes com inteira claridade meridiana um castigo,
um carma mental pelo mau uso de sua mente em vidas anteriores.
Se você quer que seu filho cure, lute por curar outros
enfermos mentais a fim de modificar a causa que produziu
a doença. Lembre-se que somente se mudando a causa
se altera o efeito. Infelizmente, os enfermos tem uma acentuada
tendência a se encerrar em seu próprio circulo,
rara vez na vida së vê o caso de um doente preocupado
em curar a outros doentes. Se alguém o fizer, com
isso aliviará suas próprias dores. Eu a aconselho,
já que neste caso preciso, seu filho não poderia
se dedicar a cuidar de ninguém, faze-lo você
mesma em nome dele. Não se esqueça das obras
de
caridade. Preocupe-se com a saúde de todos os doentes
mentais que encontre no caminho. Faça o bem ás
toneladas. Tampouco esqueça que no mundo invisível
há muitos Mestres que podem ajudá-lo nesse
caso específico. Gostaria de me referir especialmente
ao glorioso anjo Adonai, o anjo da luz e da alegria. Esse
Mestre é muito sábio. Se você se concentrar
intensamente, rogando a ele em nome de Cristo para que cure
seu filho, estou seguro que de forma alguma se negará
a fazer esta obra de caridade, porém não se
esqueça a Deus rogando e com o malho dando. Faça
o bem às toneladas e suplique; este é o caminho.
Tive
a oportunidade de presenciar o caso de um matrimônio
em Santa Marta, Colômbia. Tinham um grande negócio
que de um momento para outro pegou fogo. Depois o marido
adoeceu e morreu tuberculoso. Vinte anos mais tarde, encontrei
sua esposa que também estava a ponto de morrer tuberculosa.
A que se deveria isso?
É
bom que você saiba que a tuberculose se deve à
falta de religião em vidas anteriores, ao materialismo
e a uma vida sem devoção e sem amor a Deus.
Se o marido morreu tuberculoso, esta foi a causa. Se perdeu
seus bens, foi porque terminou com as propriedades de outras
pessoas em sua vida passada. Queimou e lhe queimaram! Danou
e lhe danaram! Isso se chama Karma, castigo. A tuberculose
não afetou tanto a esposa porque sua falta de religiosidade
em vidas anteriores não foi tão extremada.
Houve ainda um pouco de espiritualidade.
Tenho
um filho muito bom que me entregava tudo o que lhe rendia
seu trabalho. Um dia enamorou-se de uma mulher mais velha
que ele, amiga minha, e que tivera três filhos com
um senhor casado. Não se casaram, mas passaram a
viver juntos. Apesar de continuar trabalhando, o dinheiro
não lhe rendia de maneira suficiente a ponto de recorrer
a mim exigindo uma certa quantidade de dinheiro. Disse que
ia empreender um negócio, coisa que nunca o fez e
quando terminou a quantia que lhe dei, a mulher o abandonou.
Agora vive sozinho, trabalha, mas está completamente
arruinado. A que se deve isso?
A
uma simples análise ressalta o adultério com
todas as suas dolorosas conseqüências: perda
de dinheiro, má situação, sofrimentos
morais intensos, etc. Eis o resultado do erro.
Gostaria
que me informasse se poderia melhorar a sua situação?
Se
em um prato da balança cósmica pomos boas
ações, no outro as más e este último
pesa mais, é claro que a balança se inclinará
contra nós e o resultado serão as amarguras.
Porém, se pomos boas obras no pratinho do bem, podemos
inclinar a balança em nosso favor e assim melhorarmos
nossa sorte notavelmente. Se esse seu filho se dedicar a
fazer o bem, a sua sorte melhorara.
Tenho
um filho de vinte anos que desde os dezoito não quis
mais viver no seu lar, passando a morar na casa de amigas
minhas. Não quer estudar nem trabalhar. Vem nos visitar
por um mês, sente-se feliz por uns dias e depois começa
a se aborrecer com todos, terminado por ir se embora sempre.
Gostaria que me dissesse o porquê de tudo isso?
Esse
filho só lhe criou problemas. É claro que
o resultado da desordem será a dor. Não há
dúvida que ele não sabe nem quer aprender
a viver, porém tem de ser tratado da melhor maneira
possível com amor e paciência. Não há
dúvida que no futuro dará fortes tropeções,
cujas conseqüências lhe serão amargas.
Só então começará a compreender
a necessidade de por ordem em sua vida.